Quem acompanha o debate sobre o controle de armas de fogo no Brasil certamente já ouviu ONGs desarmamentistas alegarem ser este um país fortemente armado, com dezesseis milhões de armas em circulação, número, sem dúvida, que impressionaria os mais incautos. Contudo, o que nunca se explicou é como se chegou a tal estimativa, muito menos qual o seu embasamento científico.
De fato, soa no mínimo bastante estranho que alguém divulgue uma estimativa de armas ilegais, eis que neste universo se inserem absolutamente todas aquelas que equipam a criminalidade. Será que foi realizado um censo junto aos criminosos para perguntar quantas armas eles têm? Quem o fez? As próprias ONGs desarmamentistas? E se sabem quantas armas ilegais há, não sabem onde estão? Se sabem, por que não as apreendem?
São várias as perguntas e nenhuma resposta. Criou-se uma situação esdrúxula de se divulgar aleatoriamente um número e se pretender que nele simplesmente se acredite, sem nenhuma contestação. Só que isso é incompatível com qualquer senso crítico, por menor que seja.
Na realidade, os “números mágicos” dos desarmamentistas não têm nenhuma base, são mera invenção, inclusive se amoldando constantemente aos seus interesses e ideologias, mesmo que isso contrarie qualquer lógica.
A retomada da discussão sobre o controle de armas no país, muito incentivada pelas próprias entidades antiarmas, vem desfazendo a inverdade há tanto propalada como realidade. O fato é um só: não há nenhuma estatística sequer minimamente confiável que indique a quantidade de armas ilegais em circulação no país, e qualquer política de segurança que se baseie em tais números será mero reflexo ideológico do mais puro “achismo”.
No último dia 28 de abril, a Câmara dos Deputados, por sua Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, realizou uma audiência pública para discutir o controle de armas no Brasil. Em tal ocasião, em meio às inverdades pueris dos antiarmas, alguns mitos sobre o tema foram desfeitos, dentre os quais, exatamente, a “estimativa” das armas de fogo ilegais em circulação.
A informação veio de uma inquestionável autoridade no assunto, nada menos que o Chefe do SINARM - Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal. Vale se observar suas considerações:
Como se vê, em mais uma das já diversas ocasiões em que se discute o tema, a fantasia dos números dos antiarmas é desfeita ao se a confrontar com a realidade. Espera-se, agora, que os responsáveis pela segurança pública no país deixem de dar ouvidos a quem vive propagando inverdades e passem a adotar políticas baseadas em fatos, capazes de, efetivamente, contribuir para a solução da grave situação de criminalidade que macula o Brasil. Chega de idolatria ao “achismo”.
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