A Riqueza de Quem?
À época, a resposta me soou tão ríspida, complexa e desconexa que achei não tivesse entendido nada até aquele momento, como, de fato, parece que aconteceu, já que, coincidência ou não, fui reprovado pelo dito professor.
Porém, mesmo aqueles conceitos simplistas hoje parecem não fazer sentido. Quer dizer, em parte, pois o Capitalismo continua, mesmo, sendo o “cada um que se vire”, mas a divisão igualitária, harmônica e perfeita do Socialismo eu nunca vi.
Os maiores expoentes da defesa do Socialismo praticam o oposto do que pregam. Vivem em apartamentos de cobertura ou casas de luxo, andam cheios de smartphones, notebooks e tablets, desfilando em carros importados, conduzidos por motoristas que destes não têm nem um pneu. Que divisão é essa?
Em verdade, a impressão que se tem é que o conceito socialista só subsiste dentre aqueles mais desfavorecidos, para os quais a divisão de qualquer coisa somente pode beneficiar. Mas basta o sujeito melhorar um pouco de vida que o conceito mais importante que ele domina é o de “propriedade privada”. É, no mínimo, intrigante por que nenhum político de origem socialista, após chegar ao poder, se mantém pobre, muito menos pratica a tal divisão igualitária entre seus próximos.
Talvez eu não entenda mesmo nada de política, tampouco da ideologia socialista, mas se hoje eu voltasse a encontrar aquele meu professor, completaria a definição que ele me deu: de fato, o socialismo é a ideologia pela qual se deve dividir igualmente a riqueza entre a sociedade, só que a riqueza dos outros.
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