terça-feira, 30 de agosto de 2011

Enquete aponta força do Tiro Esportivo.

* Por Fabricio Rebelo

Uma enquete sobre o PAN 2011 realizada pelo portal de notícias UOL (http://pan.uol.com.br/2011/rankings/modalidades/) vem demonstrando a força de um esporte que, apesar de bastante estigmatizado, sobrevive e encanta no Brasil: o Tiro Esportivo. Na enquete, que proporciona aos participantes escolher quais modalidades disputadas no PAN são também por eles praticadas, o Tiro Esportivo desponta como líder absoluto, com uma votação quase dez vezes maior que a segunda colocada.

Os dados da enquete, por óbvio, não podem ser considerados por seus números absolutos, pois não se imagina que seja o Tiro Esportivo, de fato, o esporte mais praticado no país. Contudo, o resultado é um inconteste exemplo da capacidade de mobilização dos atletas dessa modalidade e do empenho para se afirmarem, orgulhosamente, como tal.

Para os praticantes do Tiro, não é novidade tratar-se de uma modalidade que, infelizmente, sofre muito no Brasil, por conta da verdadeira cultura de abominação que se dissemina quanto às armas. Se, por um lado, isso acaba dificultando o pleno desenvolvimento dos nossos atletas, por outro, gera uma forte paixão nos que a ele se dedicam, que se orgulham de sua condição e, sempre que podem, a tornam pública. Este orgulho, aliás, em boa parte decorre, justamente, da burocracia e rigidez das normas que regulamentam o esporte. Afinal, como muito se diz nesse meio esportivo, o simples fato de conseguir ser atleta de tiro no Brasil já é uma vitória, circunstância que, claro, incentiva cada um dos praticantes a continuar sempre adiante, fazendo o máximo para difundir a modalidade.

O outro fator determinante para o encanto proporcionado pelo Tiro, claro, são suas próprias características. Trata-se de um esporte apaixonante e seu crescimento, mesmo com todas as dificuldades, já bem mostra isso. Com um pouco mais de incentivo e uma legislação mais racional, facilmente chegaríamos ao melhor nível de competição mundial. Talento não falta aos nossos atletas, aliás, nunca faltou, pois, embora muitos fora do Tiro não saibam, a primeira medalha de ouro do Brasil em olimpíadas veio exatamente dessa modalidade.

Tomara que o resultado dessa enquete seja visto por quem tem o poder de promover o incentivo da modalidade. Se isso acontecer, além do primeiro lugar no ranking da votação, não será difícil torná-lo cativo nas competições mundiais.

* Fabricio Rebelo é bacharel em direito, assessor jurídico, pesquisador em segurança pública, coordenador regional (Nordeste) e diretor nacional para Colecionadores, Atiradores e Caçadores da ONG Movimento Viva Brasil.

# AUTORIZADA A REPRODUÇÃO, DESDE QUE NA ÍNTEGRA E PRESERVADA A AUTORIA #

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Golpe nas Forças Armadas

Jobim tanto fez que saiu do Ministério da Defesa. Seu substituto, ao contrário do que se especulou, não será o hoje conhecido como "Ministro do Desarmamento", José Eduardo Cardozo, mas o ex-ministro de Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim.

Entre os militares, a escolha está tendo péssima repercussão. Além de integrar uma carreira historicamente conflitante com a atuação militar, os posicionamentos do novo ministro sobre diversas questões estratégicas não agradam nada o alto comando das Forças Armadas, onde já se declarou ser ele a "pior" surpresa que poderiam ter.

Se a presidente Dilma Rousseff espera ver apaziguados os ânimos em seu governo para, enfim, por fim a um período de exclusiva administração de crises, parece que, mais uma vez, não apostou certo - se é que a aposta foi dela.

Na mesa de apostas, a presidente é a "zebra". Dá-se como segura a aposta em mais tumultos pela frente, com um boicote branco do novo ministro no meio militar. E haja crise!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jobim força saída.

Para quem já achava estranha a permanência do ministro Nelson Jobim no governo depois da declaração de que teria votado em José Serra, agora a coisa fica verdadeiramente inexplicável. Não satisfeito com a afirmação anterior, o ainda ministro acaba de criticar dura e diretamente duas colegas do quadro dos ministérios, rotulando-as de "fraquinha" e desconhecedora de Brasília, respectivamente.

Nos bastidores, especula-se que a postura do ministro não tem nada de aleatória e apenas reflete uma estratégia do PMDB para começar a se desvincular do governo. Afinal, a eleição já passou há bastante tempo.

A presidente Dilma Rousseff avalia ainda hoje se o ministro Jobim permanecerá ou não no cargo. Se sair, o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, bastante desgastado com a campanha de desarmamento que não tem nenhuma simpatia da sociedade, é o mais cotado para substituí-lo. Resta saber quem iria para a pasta da Justiça.